segunda-feira, 28 de maio de 2018

Coaching Familiar

Plantar uma árvore...
Ter um filho...
Escrever um livro...
Dizem que , para você marcar sua passagem por esse plano devemos contribuir com o mundo dessa forma.
Me lembro bem pequena, plantando uma muda de pau brasil em uma aula de história.
A parte dos filhos optei por pular, mas a vida foi bem mais sábia do que eu e me responsabilizou por muitos filhos, ainda que não gerados por mim, mas que, pelo amor que a vida e o trabalho por eles nos ligou, se tornaram filhos.
O livro. Ah o livro!!!
Aos 06 anos escrevi uns garranchos , contando uma historia sobre uma margarida e uma formiga, que guardo com muito carinho até hoje. De lá para cá foram textos, discursos de formatura, monografias ( várias rsss), e finalmente um livro publicado em 2009 , só que neste eu fui apenas a orientadora. Foi escrito por meus alunos da Escola Municipal Murilo Costa contando quem era o patrono da escola, que por sinal era bisavó do meu sobrinho Gabriel.
O tempo passou, profissional e pessoalmente me transformei muito, acrescentei muitas experiências e histórias ao meu caminhar e naturalmente sempre pensei em registrá-las para não se perderem, mas a falta de tempo sempre me fazia adiar esse reencontro com a escrita.
No momento certo, através da pessoa certa, chegou o convite certo.
E assim nasceu o Coaching Familiar , obra na qual contribui com o capítulo sobre a Culinária Pedagógica , acrescentando a muitas famílias noções de como os processos de aprendizagem podem ser estimulados através do preparo de deliciosas e saudáveis receitinhas.
Teve lançamento na Cidade das Artes no Rio de Janeiro, com a presença das pessoas mais especiais e queridas para mim, que levaram além do seu abraço a energia da perpetuação da obra e de outras que virão.
Minha gratidão tem nomes : Mamãe, que me inspirou no caminho inclusivo, minhas irmãs e grandes incentivadoras em quem sempre me espelhei como exemplo de trabalho e dedicação, meu marido Flávio, companheiro incansável em TODOS os momentos , me incentivando, aturando mau humor e me amando incondicionalmente, Graça Santos minha coordenadora editorial e referência como profissional e pessoa pela sua determinação e competência, Bel Kutner que me proporcionou um lindo e emocionante lançamento, meus maravilhosos GIGANTES Marcelo e Pedro sempre presentes na minha vida , independentes de serem pacientes ou não , e finalmente à Deus...
Deus, que transformou a menininha de 06 anos que escreveu a historinha da margarida e da formiga em uma mulher forte, corajosa, determinada , apaixonada pelo seu trabalho e com muita vontade de continuar contribuindo, escrevendo, produzindo ,ensinando e aprendendo enquanto estiver por aqui.
Agora, vem aí o segundo: EDUCAÇÃO : INOVAÇÕES E RESSIGNIFICAÇÕES, onde falarei sobre as experiências inclusivas bem sucedidas e sobre como transformar as dificuldades desse caminho inclusivo em exemplos de determinação , sensibilização  e enriquecimento desses espaços .

CAMINHANTE NÃO HÁ CAMINHO, O CAMINHO SE FAZ AO CAMINHAR...
(Antônio Machado)








quarta-feira, 21 de março de 2018

Cada dia mais gostoso...


 Como é interessante verificar como o processo de desenvolvimento humano se dá.
 Durante muito tempo pensávamos que os alimentos serviam exclusivamente para nos alimentar e nutrir. Hoje vemos que, através deles as possibilidades são infinitas e até mesmo terapêuticas.
 Através da alimentação nos fortalecemos não só física, mas psicológica e afetivamente.
 A experiência alimentar traz a tona imagens, cheiros, mensagens e sentimentos, muitas vezes adormecidos em nossas memórias infantis .
 A cada dia do meu trabalho me deparo com novas possibilidades advindas do preparo, da degustação e da concepção das misturas das receitas, dos sabores, das texturas e dos cheiros que este processo proporciona.
 No início , a CULINÁRIA PEDAGÓGICA, foi desenvolvida para atender crianças com deficiência, com transtornos de aprendizagem e outros tipos de dificuldades, porém nesse caminhar fui sendo chamada  a falar sobre ela em locais onde era discutida a loucura, a inclusão, a diversidade e até mesmo a terceira idade , e  fui percebendo que em quase todas as situações sociais e afetivas, a comida e o seu preparo podem atingir de maneira significativa as redes neurais e ativar as sinapses cerebrais promovendo novos aprendizados nos campos: motor, cognitivo, sensorial e comportamental.
 Interessante também, é o que o processo provoca em mim, sou atingida diretamente pelo prazer dos cheiros, dos gostos, das texturas, das risadas que ecoam pela cozinha, dos olhinhos brilhantes e mãozinhas sujas que se entrelaçam com as minhas... das letrinhas em garranchos que vão se transformando em redondas curvinhas na escrita das receitas , e no prazer de quem prova o produto final com tempero de amor e expectativa.
 Afinal , quem faz a terapia? Eles ou eu?
 Ambos.
 Aquilo que provoca o bem estar no corpo e na alma, que promove mudanças, que acrescenta, que incentiva novas descobertas pertence a classe das emoções mais profundas e intrigantes do ser humano. Aquelas que impulsionam o prazer de viver e de se tornar melhor a cada dia, então ninguém é paciente e ninguém é terapeuta nessa aventura maravilhosa de cozinhar, experimentar e aprender .
 Cada dia mais...  cada dia mais gostoso!!!